OS PRODÍGIOS DE MOZART
O Música Para Todos está iniciando novas turmas de viola, violino, baixo acústico e violoncelo, e convida aos alunos para participarem, para tanto é só procurar a Secretaria. Por isso, estamos publicando três matérias sobre os gênios da música clássica, a primeira “Os Segredos Espirituais das Sinfonias de Bethoven”, a segunda “Os Prodígios de Mozart” e a próxima será sobre Bach.
Mozart é considerado um gênio precoce, com habilidades que desafiam nosso entendimento até hoje, nasceu na cidade de Salzburgo, Áustria, em 27 de janeiro de 1756, com o nome Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, mas ele constantemente alterava a forma como queria ser chamado, o nome do meio, “Theophilus”, significa, em grego, “Amigo de Deus” ou, na versão latina, “Amadeus”, assim ficou conhecido como Wolfgang Amadeus Mozart. Em janeiro de 2021 comemorou-se o 265º aniversário do nascimento de Mozart.
Mozart foi um menino prodígio desde sua infância. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, maravilhando a realeza e a todos com seu talento precoce. Tocava piano aos três anos e aos cinco já compunha minuetos para cravo, escreveu duetos e pequenas composições para dois pianos, para serem interpretadas com sua irmã, Nannerl. Mozart começou a escrever sua primeira sinfonia no ano de 1764, quando tinha oito anos de idade. Chegando à adolescência, foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém as limitações da vida musical na cidade o impeliram a buscar um novo cargo em outras cortes, mas sem sucesso.
Em 1763 seu pai, Leopold Mozart, também compositor, o levou, junto com a sua irmã, por uma turnê pela França e Inglaterra. Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceria grande influência em suas primeiras obras. Entre 1770 e 1773 visitou a Itália por três vezes. Lá, compôs a ópera Mitridate.
Ao visitar Viena em 1781 com seu patrão, desentendeu-se com ele e solicitou demissão, optando por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos viram surgir algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidos, além de seu Réquiem. As circunstâncias de sua morte prematura deram origem a diversas lendas, deixou a esposa, Constanze, e dois filhos.
Foi autor de mais de 600 obras, muitas delas referenciais na música sinfônica, concertante, operística, coral, pianística e camerística. Sua produção foi louvada por todos os críticos de sua época, embora muitos a considerassem excessivamente complexa e difícil, e estendeu sua influência sobre vários outros compositores ao longo de todo o século XIX e início do século XX. Hoje Mozart é visto pela crítica especializada como um dos maiores compositores do ocidente, conseguiu conquistar grande prestígio mesmo entre os leigos, e sua imagem se tornou um ícone popular.
MORTE DE WOLFGANG AMADEUS MOZART
Parecendo saber do fim da sua própria existência, Mozart faleceu na primeira hora do dia 5 de dezembro de 1791, com apenas 35 anos (1756–1791), a partir de então, as causas de sua morte ficaram cercadas de mistério. Inicialmente, alguns chegaram a acreditar que uma crise de estresse poderia ter abalado a integridade física de Mozart. Os infindáveis problemas financeiros do músico teriam o obrigado a aceitar uma carga de encomendas que o colocaram em um ritmo de trabalho alucinante.
Em uma primeira obra sobre a vida de Mozart relata-se que o mal que o acometeu havia se desenvolvido de maneira gradual. Náuseas, dificuldades de movimentação dos pés e das mãos teriam sido os primeiros sintomas de uma crise com febre, uma infecção por estreptococos que levou a uma síndrome nefrítica aguda, doença que foi registrada como causa mortis oficial. No entanto, passado menos de um mês de sua morte, um jornal de Berlim levantou a suspeita de que Mozart teria sido assassinado.
Carl Thomas, filho de Mozart, havia relatado que o corpo de seu pai estava tão inchado e fétido que foi impossível realizar uma necropsia mais detalhada. Dessa forma, as condições extremamente alteradas do cadáver levantaram a hipótese de que Mozart teria sido vítima de envenenamento. Entre outros suspeitos, estavam Antonio Salieri, um dos maiores rivais artísticos de Mozart, e a Ordem Maçônica que teria parte de seus segredos revelados na canção “A flauta mágica”, composta por Mozart em 1791.