PRODUTORES DEBATEM “PRODUÇÃO CULTURAL NA ATUALIDADE” DURANTE ANIVERSÁRIO DO MÚSICA PARA TODOS.
Na quinta-feira, dia 20/05, na Sala Agostinho Pinto, aconteceu a Live que trouxe a Mesa Redonda “Produção Cultural na Atualidade” com os produtores: Francisco Pelé, ator, um dos fundadores do Grupo Harém e articulador nacional da Lei Aldir Blanc; Robert Gleydson, músico, Presidente do ISAMBAR (Instituto Cultural Samba de Raiz do Piauí), representante do movimento PIAUÍ SAMBA, Regina Veloso, graduada em Artes Visuais pela UFPI, especializada em Produção e Gestão Cultural e com Cláudia Simone, Coordenadora de Comunicação do MPT.
Sabemos que um produtor cultural está envolvido em todas as etapas de um projeto artístico e cultural, desde a captação de recursos até a apresentação final, avaliação dos resultados, além da prestação de contas de um projeto.
Durante a Live, Francisco Pellé falou que “É preciso manter uma política pública capaz de financiar projetos e mantê-los, em 2021 nós pudemos perceber a potência que é a arte do Piauí, com a Lei do SIEC recebendo mais de 1600 projetos. Leis de incentivos são importante, mas é importante também que a classe artística lute para que o Estado tenha que fixar um patamar de orçamento público para cultura, da mesma forma que para o município, que teve seu último edital da Lei A. Tito Filho em 2012. Quanto a aplicação da Lei Aldir Blanc no Piauí, eu avalio que foi um sucesso e que houve uma condução transparente e satisfatória. ”
O produtor planeja, elabora e executa esses projetos, seguindo critérios artísticos, sociais, políticos e econômicos. Pode atuar, em quase tudo que faz a nossa vida melhor, como teatro, música, cinema, dança, circo, artes plásticas, literatura e qualquer outra manifestação artística.
Muitas dessas manifestações podemos encontrar no Espaço Campo Arte Contemporânea como contou a produtora Regina Veloso “Estou à frente da gestão do Campo Arte Contemporânea, é um espaço que eu e Marcelo Evelyn, coreógrafo, inicialmente propomos, além de uma grande equipe que participa dos projetos que são desenvolvidos. Fazer arte é um trabalho político no melhor sentido da palavra política, no sentido de trabalhar na relação das pessoas, nos modos que as relações se constroem, na renovação da maneira de estarmos juntos, e a ética que o trabalho artístico traz que tem o poder de renovar as relações de uma sociedade”.
Assim como vários profissionais da chamada indústria criativa, produtores culturais são agentes do background – da coxia, a nomenclatura muda, mas a ideia é a mesma: eles que fazem a máquina girar! Mas existem aqueles que atuam simultaneamente no palco e atrás dele, como é o caso dos nossos convidados e, em especial, do sambista Robert Glaydson, que tem um trabalho reconhecido no samba do Piauí.
“Eu gostaria de conclamar a população para que possa absorver a nossa arte, possa reconhecer a nossa arte, os projetos estão acontecendo, que nosso público possa pesquisar, se interessar… Veja o exemplo, aqui está a exposição sobre Esperança Garcia, sobre Mandú Ladino, mas será que nossa população e nossos jovens tem o interesse de saber quem foram essas figuras históricas para nosso povo? Nossa arte ainda não tem alcance nacional, infelizmente continua só em nosso núcleo, continua existindo só pra gente e para nossos conhecidos. É necessário divulgar a nossa arte para todo Brasil.”, concluiu Robert Glaydson.
Independente da situação, como diria Alfir Blanc: o show tem que continuar! Por isso assistam a Live “PRODUÇÃO CULTURAL NA ATUALIDADE” :