A MÚSICA E O AUTISMO
A música é uma ferramenta poderosa para a intervenção em autismo, podendo auxiliar no desenvolvimento da comunicação, socialização e habilidades motoras de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A musicoterapia, por exemplo, pode estimular a expressão emocional, facilitar a comunicação não verbal e promover o desenvolvimento de habilidades motoras. A música pode facilitar a comunicação, especialmente para indivíduos com dificuldades de linguagem, pois a melodia e o ritmo podem ajudar na organização das palavras e na expressão.
Em 2025, renovado o conceito trazido nos últimos dois anos, a campanha mostra que o autismo faz parte do mundo – e que ele transforma positivamente todos ao redor. O tema desta edição, nomeado “O Autismo é parte deste mundo, e não um mundo à parte”, sugere que é preciso compreender a fundo o Transtorno do Espectro Autista (TEA), suas características e necessidades, para que a sociedade se torne cada vez mais engajada e comprometida com a inclusão.
Desenvolvido pelo artista plástico gaúcho Luciano Martins, em parceria com a KWB Comunicação, o lema da campanha tem a missão de divulgar que cada indivíduo com sua unicidade impacta as pessoas no seu entorno e muda o mundo de forma distinta.
COMO A MÚSICA PODE AJUDAR O AUTISTA?
Interação Social:
A música pode criar um ambiente propício para a interação social, incentivando a participação e a conexão entre pessoas com TEA e seus cuidadores.
Desenvolvimento de Habilidades Motoras:
A prática musical, como tocar instrumentos ou dançar, pode auxiliar no desenvolvimento de habilidades motoras, como a coordenação e o controle.
Redução de Ansiedade:
A música pode ter um efeito calmante e relaxante, auxiliando na redução da ansiedade e do estresse em pessoas com TEA.
Estimulação Sensorial:
A música pode ser um estímulo sensorial positivo, especialmente para aqueles que são mais sensíveis a estímulos auditivos, desde que a música seja suave e agradável, sem volumes excessivos.
Melhoria do Processamento Auditivo:
Estudos sugerem que a música pode melhorar o processamento auditivo e a discriminação de sons, o que pode ser benéfico para pessoas com TEA que podem ter dificuldades nesse processo.
Expressão Artística:
A música pode ser uma forma de expressão artística, permitindo que pessoas com TEA compartilhem seus sentimentos e experiências de forma criativa.
Desenvolvimento de Habilidades Cognitivas:
A prática musical pode estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como memória, atenção e concentração.
Exemplos de como a Música pode ser utilizada:
Musicoterapia:
Intervenção profissional que utiliza a música como ferramenta terapêutica, em sessões individuais ou em grupo.
Escolas e Cursos de Música:
Oferecer oportunidades para que pessoas com TEA aprendam a tocar instrumentos ou cantar, participando de aulas de música.
Atividades Musicais em Casa:
Os pais podem criar atividades musicais em casa, como cantar músicas, tocar instrumentos e dançar, estimulando a participação e o desenvolvimento da criança.
Campanhas de Conscientização:
Utilizar a música como forma de conscientização sobre o autismo, como a música “Mundo Azul” lançada pelo Instituto Anelo.
Adoção de Música no Ambiente Escolar:
Trocar os sinais sonoros tradicionais por música suave e agradável, que não cause desconforto sensorial aos alunos com TEA.
A música é uma ferramenta versátil e poderosa que pode trazer inúmeros benefícios para pessoas com autismo, auxiliando no seu desenvolvimento e na qualidade de vida.
“Queremos ser ouvidos e respeitados e entendidos. O autismo não tem cara. Nós, autistas, possuímos vozes e talentos”, disse a artista plástica autista Letícia Santiago, que discursou na tribuna da Assembleia Legislativa do Piauí, nesta segunda-feira (28), durante a sessão solene pelo encerramento do mês de abril, considerado mês de conscientização sobre o autismo.