O Coral De Ângelis realiza sua turnê em Teresina dias 16 e 17 de novembro. No dia 16/11 (sexta), o Coral de Angelis faz sua estreia no Projeto Música Para Todos, na Sala Agostinho Pinto, às 16h, seguindo para uma apresentação, às 18h, na Paróquia Santíssima Trindade, no Bairro Primavera. No dia 17/11 (sábado), às 18h, será a vez da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no Bairro Vermelha.
O CORAL DE ANGELIS é formado por ex-alunos da Escola Técnica Federal do Ceará-ETFCE, hoje, Instituto Federal do Ceará-IFCE. A escolha do nome deveu-se a uma homenagem dos coralistas à regente Maria Angélica Rodrigues Ellery que nas décadas de 1970 a 1990 esteve à frente do coral daquela instituição.
Uma vez formado, o grupo ganhou destaque na cidade, sendo constantemente convidado para se apresentar em importantes eventos institucionais, empresariais e sociais tais como comemorações natalinas, aniversários de instituições e empresas, casamentos, batizados, entre outros. Nesta primeira fase de sua existência também participou de diversos encontros de corais em nível local e nacional e um em nível internacional, promovido pelo Colégio São Bento de Olinda-PE. Acrescente-se ainda a realização de um recital com a participação de grandes amigos que admiravam esse trabalho.
A arte do canto coletivo é uma arte difícil cujo exercício pressupõe longo e paciente esforço dos líderes e cantores para que seja desenvolvida uma educação do ouvido, da voz, da respiração e do corpo e para isso o Coral de Angelis conta com sua Regente Profª Maria Angélica e trazem um repertório composto por obras eruditas, religiosas, folclóricas e populares, da Renascença ao Contemporâneo.
SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A MAESTRINA PROF. MARIA ANGÉLICA
Maria Angélica Rodrigues Ellery nasceu no dia 15 de maio de 1946, em Fortaleza-CE. Filha de Lauro Rodrigues e Olívia Sampaio Xavier Rodrigues, casou-se com Eduardo Santos Ellery, com quem teve quatro filhos: Eduardo, Marcos e Esther Rodrigues Ellery.
Iniciou seus estudos em Fortaleza, no Jardim de Infância do Instituto de Educação do Ceará, uma escola estruturada sobre bases humanísticas, que priorizava a formação da personalidade de seus alunos, sob a coordenação da Profª Zilah Rosas, no período de 1949 a 1951. Da Alfabetização até o 4º ano primário cursou o Ginásio Santa Cecília das Damas da Instrução Cristã.
Aos cinco anos de idade, iniciou seus estudos de música no curso de Iniciação Musical do Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, tendo como professora Bianca Studart da Fonseca. Aos sete anos, começou seus estudos de piano, inicialmente, sob a orientação de D. Esther Salgado Studart da Fonseca, que por motivo de viagem, logo a transferiu para D. Nadir Parente, com quem estudou por dois anos. Em seguida, estudou com D. Nirvanda Paracampos, tendo permanecido em sua classe de piano até 1959, quando do falecimento da professora.
Coincidindo com sua entrada no curso Ginasial, passou a estudar piano com a professora Maria Helena de Melo Barreto, prosseguindo paralelamente com os estudos de teoria e canto coral no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, até concluir o curso fundamental de piano.
Concluiu o ginásio em 1961 no Ginásio Santa Cecília, que ficava próximo de sua residência e onde sua mãe era professora.Começou a estudar francês na Associação Cultural Franco-Brasileira, Alliance Française, Centre de Fortaleza-Ceará. Em seguida, recebeu de presente de sua Tia Yvonne Xavier Mota a matrícula e o curso completo no Instituto Brasil Estados Unidos no Ceará, que concluiu em 1964.
Frequentemente participava de Concertos promovidos pelo Conservatório de Música Alberto Nepomuceno em seu próprio recinto ou no Teatro José de Alencar, Ideal Clube ou em outros locais escolhidos, tocando seus compositores preferidos: Johan Sebastian Bach, Robert Schumann, Frederic Chopin, Domenico Scarlatti, George Haendel, os brasileiros Lorenzo Fernandes, Francisco Mignone, Guerra Peixe, Heitor Villa Lobos e muitos outros.
Prestou vestibular em janeiro de 1965 e passou em 6ª colocação para o curso da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará. Iniciou o curso de pedagogia num momento crítico para a nação e colou grau em dezembro de 1968.
Em 1965, foi nomeada como Professora do Ensino Médio, Curso Pedagógico, tendo sido lotada pela Secretaria de Educação do Estado do Ceará no Instituto de Educação do Ceará, também conhecido como Escola Normal Justiniano de Serpa, no bairro de Fátima. Prestou exame vestibular e ingressou no curso Superior de Licenciatura em Música, colando grau em 1976.
Após o falecimento da mãe em abril de 1969, deu continuidade aos estudos de música e casou-se com Eduardo Santos Ellery em dezembro de 1969.
Em agosto de 1975 recebeu o convite para fazer uma entrevista com o psicólogo do SESI que estava escolhendo um Regente de Coral. Passou na entrevista e iniciou seu trabalho como Maestrina até 1978 com os corais infantil, juvenil e adulto do SESI, onde também ministrava aulas de flauta doce soprano, contralto e tenor.
No SESI V, da Barra do Ceará, a atividade artística era intensa, toda ela voltada para a criança, o adolescente e o trabalhador, visando propiciar a eles uma formação musical que contribuísse para seu crescimento intelectual, ético e psicológico. O trabalho no SESI da Barra ampliou seus horizontes ao fazer o curso de Regência Coral no Festival de Inverno de Campos do Jordão em 1977.
Em fevereiro de 1978 a convite do então diretor Dr. Cesar Gadelha de Alencar Araripe foi dirigir o Coral da Escola Técnica Federal do Ceará. Daí foi admitida como professora Colaboradora de Educação Artística e Regente do Coral até sua aposentadoria em 1996. Durante 18 anos ministrou aulas de flauta doce, coordenou o curso de turismo e dirigiu o Coral da ETFCE em muitos Encontros tanto promovidos pelas Escolas Técnicas/MEC quanto pelos governos estaduais do Nordeste.
Em 1987 foi convidada para montar e dirigir o Centro de Educação Musical DI MÚSICA, instituição para o ensino da música na cidade de Fortaleza, onde permaneceu até 1989.
No ano de 1996, se aposentou da Escola Técnica Federal do Ceará. A convite de uma amiga, iniciou um curso de Especialização em Planejamento Educacional. Com este curso, vislumbrou a possibilidade de se abrirem novas fronteiras, agora que se afastava da ETFCE. O tema da monografia foi Valor da Educação Musical na Prática Pedagógica, trabalho realizado em parceria com a Prof ª Elidia Clara Aguiar Veríssimo.
Em 1996, ingressou no Curso de Música da Fundação Universidade Estadual do Ceará como professor bolsista da FUNCAP e logo se engajou nas atividades acadêmicas. Surgiu então a possibilidade de um mestrado interinstitucional com a Universidade Federal da Bahia – UFBA. Esse mestrado foi aprovado e logo começaram as aulas, em agosto de 1999, para o exame de nivelamento que aconteceria em dezembro.
De volta à Fortaleza no segundo semestre de 2001, inicia a finalização da pesquisa de mestrado, agora definida como “Cantigas dos Beatos do Ofício das Sete Dores de Maria Santíssima, Juazeiro do Norte – CE”. Daí em diante passa a visitar o grupo na sua comunidade e locais de oração em Juazeiro do Norte-CE, são feitas gravações, transcrições das Cantigas e das orações do Ofício, fotos e entrevistas. No dia 20 de fevereiro de 2002 na Universidade Estadual do Ceará aconteceu a defesa da dissertação.
Maria Angélica atuou como Regente de vários corais na cidade de Fortaleza. Além dos Corais do SESI e da ETFCE ela dirigiu os Corais: De Angelis, Canto Encontro, AABB, alunos do Conservatório de Música Alberto Nepomuceno e Instituto de Educação do Ceará. Ainda trabalha como professora substituta da UECE, e participa como convidada do PIBID do curso de música.
Sobre o Projeto Música Para Todos – Realizado pelo Instituto Cultural Santa Rita, o Projeto Música Para Todos foi criado em Teresina (PI), em 1999, e oferece atualmente Cursos Livres, Iniciação Musical e Prática em Orquestra, para milhares de crianças, jovens, adultos e idosos. A Instituição tem por objetivo transformar vidas através da música e da arte. Já foram beneficiados com a iniciativa mais de 38 mil alunos tanto na capital como no interior do estado.
Apoio Cultural – Em 2018, o Projeto Música Para Todos completa 19 anos e orgulha-se em receber Apoio Cultural do Instituto Votorantim e Patrocínio do Armazém Paraíba, Pintos, Frigotil e Conselho Nacional do SESI, empresas que acreditam no poder transformador da arte e da cultura.